FIM pode estar mais próximo do que pensamos



 O Fim dos animes está próximo, e só fanboys cegos podem ter deixado tal linha de raciocínio passar. Eu comecei como todo brasileiro em sua grande maioria, inegavelmente Dragon Ball de Akira Toriyama é uma porta para um mundo diferente, onde as leis da animação são aplicadas de maneira TOTALMENTE diferentes, talvez seja uma questão cultural. E a industria bebeu muito da fonte aberta por Toriyama e vem desde antes de 1984 até os dias de hoje sugando a tal cultura imposta por eles mesmo. E exatamente por isso mesmo os animes se difundiram junto com seus mangás e depois de tantos sucessos emplacados apenas talvez, essa fonte já tenha secado.

 O anime como meio de entretenimento visual claramente perde para o mangá justamente pela demasiada perda de tempo imposta pelos seus costumeiros 22 minutos de exibição, as vezes esses 22 minutos equivalem a 20 páginas. Um capitulo que pode ser lido em 15 ou menos, isso depende muito também do estilo do mangaká. Por exemplo, pense na maneira como Hiroya Oku (Gantz) conduz sua história e agora compare com o estilo de Eiichiro Oda, diferente não? Claramente você consegue ler cada capitulo feito por Oku em menos de 10 minutos, o que não ocorre em One Piece, Oda valoriza muito a narrativa escrita em sua história enchendo cada canto em branco da página não com desenhos,mas com palavras, o que Oku toma pelo oposto, valorizando sempre o que consegue passar apenas pela imagem descritiva. Somando isso  ao loop de mesmice colocado na grade toda semana mais a infeliz verdade que os estúdio parecem investir cada vez menos em seus animes e pronto estamos a beira do precipício, nunca reparou? compare animes semanais de hoje com os de antigamente, a diferença é gritante. Hoje os animes tem certo aspecto "estático" tudo muito travado, como se tentasse segurar uma criança imperativa, o que não é visto em obras antigas.
 Se você parar e analisar a maioria dos contribuintes do gênero oriental de trabalhar com histórias segue uma bem maquiavélica e complicada rainha, chamada enrolação, e quando ela é combinada com os seguintes contras que eu citei acima, é porque nós já deixamos a beirada para trás a muito tempo e estamos mergulhando no desesperador fim.
   

                                       PODEM XINGAR! to cagando...

 Não seja fanboy, os ocidentais sempre contaram histórias em diferentes meios, dos quadrinhos á desenhos animados mas nunca tiveram a fama de enroladores, o que a meu ver seria uma atitude causada principalmente pela coragem na criatividade pessoal de continuar.
 De pular para a próxima história, onde exatamente o Japão põem o rabo entre as pernas. Para deixar simples, pegue por exemplo alguns clássicos curtos ocidentais; A piada mortal, A queda de Murdock, V de Vingança, Sandman, O cavaleiro das trevas, Pelo amanhã e Wachtmen, títulos que trazem em si histórias tanto de personagens já muitas vezes trabalhados como a de personagens totalmente novos, não estou me esquecendo disso, e eles trazem uma coisa muito simples neles, algo fundamentado nos alicerces do rascunho do que um dia poderiam vir a ser. A história SEMPRE, é MAIOR que os seus personagens.


 Eu poderia contar nos dedos as obras japonesas que seguem este caminho, e isso meu amigos, é triste demais. 
Dragon Ball poderia ter sido totalmente diferente, assim como Toriyama poderia ter emplacado outros sucessos, coisas novas. Mas o sistema lá não permite, o que acaba ferindo não apenas o consumidor dessa industria mas o próprio jeito japonês de fazer animes e mangás, como? Da forma como eu estou dizendo aqui oras, sujando a imagem.
 E para provar isso vou citar duas obras japonesas que não apenas entram no TOP10 de qualquer fã mas que também são curtíssimas, populares e aclamadíssimas, justamente porquê a história vem muito antes do amor dos fãs pelos personagens e que são sem esquecer, adaptadas primariamente de formas opostas o que comprova que o problema não está só nos animes, mas não ofusca o vislumbre que a situações está bem pior para ele.


 
 Neon Genesis Evangelion (ANIME), ninguém procura assistir um anime que todo mundo gosta. Evangelion entretanto, mostra o completo reverso disto, é uma série de televisão animada japonesa criada pelos estúdios GAINAX e Tatsunoko e dirigida pelo mito, Hideaki Anno. Evangelion tem seus 26 excelentes episódios e dois filmes, ao chegar no final fica claro que mesmo com muito pouco comparado por exemplo como os já quase 1.000 capitulos e 900 episódios de anime de One Piece, conseguiu marcar seu nome na história, brevemente soltando um rosnando para todos, a fera que gritou "eu" no coração do mundo.



 Exemplo seguido dentro da área por Death Note (MANGÁ). Escrito por Tsugumi Ohba e ilustrado por Takeshi Obata, e que cuja adaptação para anime foi dirigida por Tetsurō Araki. 12 volumes de mangá que equivalem a 37 episódios de anime e que em nenhum momento deixa um ícone de fãs ser maior que a ideia, isso é claro não apenas de forma geral mas refletida pelos próprios criadores da série, "o L morre" define o que eu estou tentado dizer. Um hit que se não fosse pela coragem de Ohba e Obata de baterem o pé no chão e dizer, "acaba aqui!" você pode ter certeza, estaria entre nós até os dias de hoje



 Dito isso eu acho que tenho um ponto delicado para os consumidores de animes e mangás aqui, porém quanto mais os ditos fãs se cegarem a isso, mas a industria vai simplesmente jogar qualquer coisa para cima de nós. Hoje ainda sou fã do gênero e tenho cu para dizer que raramente algo novo e diferente vê a luz do dia como foi o caso do recente Shingeki no Kyojin. A industria como prova do fim do poço ao invés de trazer algo novo, uma tendência, priorizou tirar Dragon Ball do fundo do baú das séries televisivas e colocá-lo de novo na grade com o upgrade descritivo de "KAI", acabado isso o novo Dragon Ball Super chega para durar por pelo menos, acredito eu os próximos 5 anos. Super me deixou feliz não vou ser hipócrita, eu espero um desfecho diferentes para aqueles personagens desde o intragável e para mim não oficial "GT", mas na hora certa e infelizmente não era essa. Eles precisam provar que a criatividade não acabou, e não estão conseguindo. Então talvez...

 

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Autor Pedro Vieira

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